domingo, 3 de janeiro de 2010

Conduta de Blogueiros Evangélicos

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João Cruzué

Minha intenção não é ditar normas, padrões ou políticas de cabresto para tolher a criatividade nem amordaçar a liberdade de expressão. Quero, sim, contribuir com algumas sugestões, baseadas na experiência de cinco anos blogando. Meu objetivo é provocar os padrões de pensamento de meus colegas blogueiros e chamar a atenção para o desafio de sermos
as melhores fontes de informação desta e, principalmente, da próxima geração de adultos.

Infelizmente, a Blogosfera Evangélica por que tanto venho trabalhando e principalmente compartilhando conhecimentos e opiniões está deixando o caminho dos propósitos bíblicos para se enveredar por atalhos individualistas e segregacionistas com os quais não vale a pena adotar.


SUGESTÕES DE CONDUTA

PRIMEIRA - É melhor escrever e publicar textos na Internet, do que apenas ser um leitor. Quem escreve tem a chance de influenciar na formação de opiniões. Quem lê, pode sofrer de uma forma ou de outra as influências do que lê. Isto não significa uma regra, pois para se escrever bem, é preciso mesmo ler - e muito. O que quero realmente dizer é que: é muito bom ler. Mas ler e publicar textos da própria autoria é muito melhor. E publicar escrevendo sobre todos os tipos de assuntos.
É um sofisma maldoso aquele refrão que diz: Crentes não podem se expressar a não ser de religião. Acreditar nisso é deixar que a sociedade forme suas opiniões com base em discursos e textos não cristãos. É o que tem acontecido até hoje. Não é por sermos crentes que vamos deixar as funções de sal e luz.

Sal e luz
em tudo - não somente em assuntos religiosos.


SEGUNDA - Ninguém nasce maduro. O próprio Jesus passou por um processo humano de amadurecimento normal, e a prova disso foi o início de seu ministério aos 30 anos de idade. Em minha concepção, a experiência em blogs vem com o exercício de blogar. De se manter bem informado e enturmado com outros blogueiros. O conhecimento, regra geral se acumula com interações. A experiência, o amadurecimento, vem com o tempo. Aos quatro/cinco anos publicando blogs sou mais experiente quer há dois anos. Quem para, por qualquer motivo, impede o próprio crescimento. Publicar com regularidade, ao menos uma vez por semana, é o mínimo que se deve fazer para evoluir.

TERCEIRA - O domínio da tecnologia de publicação digital é fundamental para que haja saltos (shifts) de melhoria nas publicações. O que sei hoje sobre banners, manipulação de HTML, programas gráficos, design, fundamentos de engines de buscas, planejamento de tag-words para os títulos - NÃO foi aprendido na primeira semana. Isso levou de um a quatro anos. É preciso ser curioso. Plugado nas novidades. Observar as tecnologias que nossos colegas estão usando. Até entender pelo menos em termos gerais para que serve cada coisa. Por exemplo, só depois de dois anos fui aprender os rudimentos de criação de banners.

QUARTA - Todos nós somos muito ocupados com nossas atividades principais. Blogs para a maioria de nós são atividades secundárias. Eu me canso de ouvir a todo momento que "não tenho tempo". Planejar o uso do tempo é algo que em certa ocasião eu tive que dialogar com o SENHOR. Eu estava na Faculdade, e precisava frequentar as aulas de professores no sábado para ter direito a ensinar na classe de jovens na Escola Dominical. Eu morava só, e tinha pouco tempo nos finais de semana. Então eu orei para que Deus me desse inteligência para aprender muito em pouco tempo de estudos para não deixar de trabalhar nas atividades da Igreja. Deus me ouviu. Aprender a trabalhar com blogs não é perda de tempo, como muitos imaginam. Se é feito com amor e pensando na obra do SENHOR, há boas recompensas.

QUINTA - Como evitar "quebra-paus", ofensas, animosidades e desentendimentos na Internet? Eu creio que as opiniões, comentários e réplicas precisam focar as ações e as opiniões das pessoas. Com isso quer dizer que eu posso discordar das ideias, criticar opiniões, reprovar ações - mas nunca ofender, criticar, rotular, ser preconceituoso com as PESSOAS. Isso precisa ser trabalhado de formas muito clara e objetiva. Devemos respeitar e amar as pessoas, e como trabalhamos com a palavra escrita devemos tomar cuidado. Podemos falar tudo o que queremos, combatendo pontos de vista, credo, religião, mas nunca usar palavras inadequedadas para com as PESSOAS.

SEXTA - Cada um é livre para expressar sua opinião e fazer sua crítica, desde que não se esconda atrás do anonimato - para não perder o amparo da lei. Por tabela, eu entendo o seguinte: não sou obrigado a publicar comentários de anônimos. Nem de exercer a réplica, caso publique.

SÉTIMA - Publicar um comentário sem nenhuma relação com o assunto da postagem, para mim é falta de respeito com o texto do colega. Há casos, em que acontece o equívoco de comentar um assunto no post vizinho pensando que está no lugar certo. Não é este o assunto desta sugestão. Estou falando literalmente da falta de educação de alguns que buscam publicidade do tipo Ervas de passarinho. Outros deixam comentários de uma ou duas linhas, que na verdade são falsos comentários, eles buscam mesmo é divulgação egoísta. Que façam isso nos seus blogs pessoais.

OITAVA - A crítica. Embora ninguém goste de ser criticado, é natural, minha experiência me diz que devo prestar mais atenção a ela, do que aos elogios dos amigos. Isso se deve ao fato de que a crítica produz um desconforto ou mesmo nos colocam em crise. Com ela, nós podemos implementar mudanças com objetivo de melhor. Com os elogios e incentivos, podemos ser levados a pensar que "se melhorar, estraga".

NONA - O individualismo. O pensamento Ocidental está nos levando a não dependermos de ninguém. Entendo que isto seja uma estrada para a mediocridade. Sozinhos não seremos o suprassumo da erudição. Para avançar, é melhor trabalhar e atuar em grupos.

DÉCIMA - Como se comportar com lealdade e ética dentro de uma comunidade de blogueiros. evangélicos. Primeiro, antes de iniciar políticas para aumentar seguidores, criar outra comunidade, solicitar dinheiro ou postar assuntos comerciais - você precisa se comunicar e pedir autorização para os moderadores. Não é uma justificativa aceitável se desculpar dizendo que não sabia das regras, pois nunca foi avisado da existência delas, pois todos sabem como se deve comportar em casa alheia. Se alguém não estiver satisfeito com a sua comunidade, é melhor que se comunique com a moderação e avise que está indo embora. Por fim, é uma atitude muito desleal criar uma comunidade concorrente e enviar convites para que todos o acompanhem. No meio evangélico isto tem um nome: espírito de divisão, de procedência maligna.

DÉCIMA PRIMEIRA - Incentivo e língua porgutuesa. Todo blogueiro evangélico deveria ter consciência de que é muito agradável o costume de visitar outros blogs, principalmente, daqueles que estão começando, para deixar uma palavra de incentivo e ânimo. Os leitores merecem o nosso respeito, e uma forma de respeitá-los é aprender a escrever bem. Neste assunto, o dicionário, a gramática, livros de redação precisam ser companheiros de nossas Bíblias.

DÉCIMA SEGUNDA - Planos para o futuro. A próxima geração de adultos vai se informar principalmente pela Internet. Quem vai escrever as reportagens, as notícias, os textos que as crianças de hoje irão ler? Certamente os blogueiros que estão acumulando conhecimento e experiências - HOJE! a UBE, comunidade blogs da qual participo não escondeu isso de ninguém: nós estamos desafiando as lideranças evangélicas deste país e dos países vizinhos a se envolver nesta estratégia de formar hoje os formadores de opinião de amanhã.


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4 Comentários:

3 de janeiro de 2010 23:48
Esta postagem foi removida pelo autor.
3 de janeiro de 2010 23:59

João

Primeiramente, quero dizer publicamente que estou feliz com seu retorno.

Sobre sua reflexão quanto aos blogs, acredito que o mais importante ao blogueiro é descobrir o seu estilo e ser fiel a ele, pautando naquilo que sabe fazer bem.

Penso que a questão do texto autoral é importante, porém, entendo que ela não é essencial para a vida útil do blog.

Existem ótimos blogs que o blogueiro não oferece textos próprios. Encontramos textos traduzidos pelo blogueiro, textos em nosso idiomaque o blogueiro não criou, inclusive, encontramos a comunicação em formatos não escritos. Enfim, coisas que não sairam da cabeça do blogueiro, mas que mostram o que ele pensa e concorda.

Enfim, quero dizer que existe a categoria do blogueiro não escritor. No blog deles, temos a sua edição do que vê e quer expressar.

E, para os tais, recomendo evitarem o plágio, passem os créditos autorais em cada postagem que fizerem. E TOMEM cuidado para não ferirem a lei do direito autoral. Só publiquem o que for autorizado.

Uma dica: escrevam para as editoras de revistas cristãs e peçam licença para reproduzirem o conteúdo delas. Algumas concendem!

Abraço.

Abraço.

6 de janeiro de 2010 20:23

Caro irmão em Cristo, João Cruzue.
Graça e paz.
Desejo-lhe juntamente aos seus familiares, um Feliz Ano Novo, repleto de realizações, desfrutando as bençãos de Deus.
Lí a matéria que escreveu dirigída a nós Blogueiros; fiquei muito feliz pelas eu diria, regras apresentadas. Lhe admiro pelo seu espirito democrático e de moderação.
Conclamo aos colegas que sempre tenhamos a ética Ministerial, como nossa baliza; obviamente pautados na palavra.
Um Feliz Ano Novo a todos!
Um abraço.

7 de janeiro de 2010 23:52

Parabens pelo excelente texto, sugestões e reflexões, João.

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